sábado, 17 de setembro de 2011

Poema: O VÔO DA LIBERDADE Autor: Odenir Ferro





 
 
 
Poema: O VÔO DA LIBERDADE
Autor: Odenir Ferro
 
Num panorâmico movimento cinematográfico
Produzido pelas objetivas lentes mágicas
Num rápido efeito cheio de abafados sons
Estagnados, no espelho da difusa ação
Traçada como desenho de luz e sombras
 
No Fórum, através do extenso envidraçado
Bem no alto, na janela do Salão do Júri,
Projetando-se contra o vidro refrangido,
Presenciei, sentado numa das cadeiras,
Uma pitoresca ação pela sobrevivência,
Que minh'alma filmou em Preto&Branco!
 
A cena, foi dum astuto gatinho em ação,
 
Tão gatuno, correndo ligeiro, parando,
Içando suas garras, mirando suas patas
Afiando os babados beiços pra pombinha
Que, tão desprotegida e quase indefesa,
Arrulhava numa paz, toda cheia de igualdade
Olhando o guarido azul infindo da cidade...
 
O gatinho todo esperto, içando o ágil corpo
Investiu suas patas e garras contra a pomba
Que, mui esperta, antes do certeiro golpe,
Fugiu mergulhando na imensidão azul do ar,
Alçando uma bela, brejeira, pomposa queda!
 
Imponente, bateu num vôo imenso, suas asas
Encontrando a força, que rege a liberdade!...
 
...ficou remoendo-se impotente, o gatinho
Ante sua incapacidade deprimente e triste
Por não poder prender entre suas ágeis garras
Aquela, que por instinto, fora a sua doce presa
Onde até então aparentava ser uma invencibilidade!
 
 
 

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