quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Poema Paz Mundial / Autor: Odenir Ferro

                                     Poema: Paz Mundial

Autor: Odenir Ferro

 

A paz é um enorme vulcão,

Que me implode ao ir, no além de mim,

Levando os ódios todos pelo rumo afora

A caminhar silente no infinitivo deserto

Que se desponta na áspera incerteza do todo!

A paz condena em si, existências de segmentos

Que de tão certos e providenciais que são,

E de tão densamente humanos que são,

Tornam-se intraduzíveis em palavras

Para poder descrever-lhes na pureza

Das belezas, singelidades,

E plasticidade poética

No além do emocional.

 

Enfim, esse vulcão vibracional,

É pura concordância especial!

Homogênea a um doce e intenso

Momento de expressivo amor uno ao todo.

Onde este todo é a incansável busca

Do ir ao encontro da pureza

Existente no Afflatus

De Deus!

 

 

E neste inspiracional emotivo, intuitivo,

Julguei que em paz, estivesse...

Quando para minhas mãos olhei,

Vi que estavam elas, guarnecidas

Com um par de luvas; e feridas

Vivas, no meu peito senti! Pensei:

"Se em paz estou, esta paz entristece

A natureza morta, que em mim sobrevive."

Pois o couro que me embeleza, me guarnece,

É pele igual à de muitas outras vidas

Que em abatedouros, tanto perecem...

 


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário