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Poema: A MINHA PAZ! Autor: Odenir Ferro
Gosto deste manto da minha Paz Ao ficar no meu mundo, envolto. Deixando adormecido, muito embora, Sempre latente, o meu tão impulsivo Amoroso explosivo Vulcão interior.
Gosto de ir adormecendo, refletindo, Olhando a viva nudez do meu espelho. Dançando reflexos do amor e do sonho Nas sonoras margens destas superfícies Plácidas! Dentro deste lago vulcânico, Existente solene inerte na verve de mim! Bem no mais alto deste topo rochoso, Nesta montanha, abrigo do Vulcão!
Adormecido Vulcão que me enriquece! Desconhecido Vulcão que me silencia Nas incontidas palavras das razões, Implosivas no meu doído eu cativo. Das dores desconhecidas por mim, Nos desafetos traiçoeiros reles. Corrosivas mesquinhas emoções.
Adormecido Vulcão que estremece a Paz! Onde no lago, tudo é silêncio noturno. Onde a Lua cheia reflete fios prateados Iluminando o sono e o sonho dos peixes. Que silenciosos, esperam das rotineiras Dádivas das manhãs numa monotonia igual Sempre igual, a tantas e tantas outras!
Esperando esplendidas belezas velozes, Quando o Amigo Sol, na sabedoria capaz, Vem trocar a sua luz com a luz da Lua! Quando vaidosas estrelas, adormecem Cobrindo-se no silêncio do sereno!
Deixando o lago impregnado pelos exóticos Perfumes extraídos da Seiva da Eternidade! Num puro encanto de Perfeição, nesta Paixão Esparramada no tépido da bruma, que vagarosa, Pouco a pouco, vai se dissolvendo vaporosa No calor do dia. À medida que o Sol eleva-se No infinitivo cintilante azul do Eterno Céu!
Maravilhoso Céu, que me inspira os encantos De sons ouvidos dentro da minha sonora Paz! Dentro da harmonia dessa Paz, tão explosiva, Que me aquiesce o coração ao ir entorpecendo-me Com Códigos da Eternidade que caem na minh'alma!
Rabiscando no meu coração, resenhas, frases, Senhas que desconheço, mas afoito, busco conhecer. Quando amoroso e humano quero compreender O que elas vão, sedimentando-se plácidas, Neste lago onde atuam as minhas memórias.
Das sonoras e adocicadas águas das emoções Entorpeço minh'alma no néctar das vivências Que se desprendem tal qual sempre tão iguais Às amarelecidas folhas, que outonais, dançam Aos ventos do Amadurecimento, ao acaso, Voando rumo à sombria Eternidade!
Salpicadas de profundos enternecidos Torpores, deixados pelos resquícios, Vão as amorosas memórias duma vida, Um nome, ou as emoções históricas, Carregando o perfil de cada um.
Onde o Amor é Seiva aromática da Vida Que vem atirar as esculpidas flexadas Dos amores saídos do Cupido do Amor Residente nos nossos corações!
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