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Poema: SONS Autor: Odenir Ferro
Quis devorar-te no hálito do teu assopro Arrancando-te num beijo, destes supostos Desejos ardentes em que te fizeste ouvir No além da distância das selvas fechadas, Os esvoaçantes sons dançantes aos ventos!
Fazendo-te distinguir-me nos pensamentos Ao exaurir-te o ar e devolver-te uma paz Sentida dentro dos meus sonoros encantos Num pressentimento ouvido num só momento Sons de timbales, de sinos, cordas, oboé, Dos violinos e dos refinados pianos, até!
E assim, pudesses acolher-me na tua alma, Com doces mãos vindas d'alma que é minha! Tão minha, doce ardente metade do meu eu, Tão nossa doce radiante metade deste nós!
Nesse afim, entrelaçamos nossos caminhos E deste ímpeto, chegamos afins até aqui! Redescobrindo-nos nas fontes dos olhares Mesmo apenas num anseio de relance fosse Pra que pudéssemos assim, nos romancear!
Dentro das nossas vivenciadas memórias, No teor duma única só história tão nossa Extraída deste nosso frescor eterno belo Das nossas almas sentimentais por demais Ao parir dos nossos primeiros assopros, Extraídos do Afflatus dos nossos beijos!
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