----- Mensagem encaminhada -----
De: Tito Olivio
Para:
Enviadas: Domingo, 10 de Junho de 2012 13:19
Assunto: Poema MEU POVO, de Tito Olívio, no DIA DE PORTUGAL
De: Tito Olivio
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Enviadas: Domingo, 10 de Junho de 2012 13:19
Assunto: Poema MEU POVO, de Tito Olívio, no DIA DE PORTUGAL
NO DIA DE PORTUGAL
  10 DE JUNHO
  MEU POVO 
   Tito Olívio
  Na alvorada do tempo, os portugueses,
  Em busca de outros mundos, além-mar,
  Correram todo o mundo sete vezes
  Numas cascas de noz, a navegar.
  Deixaram o comércio aos holandeses
  Ao trazerem a Índia pelo mar.
  A canela, a pimenta e o açafrão
  Passaram, em Lisboa, a estar à mão.
  Depois, foi o Brasil, uma colónia,
  Doce filão do ouro e pedraria,
  Que vinham para cá sem cerimónia,
  Prà chulagem da corte, que vivia
  Do erário e dormia sem insónia.
  E o povo trabalhava cada dia,
  Comendo apenas pão com azeitonas,
  De algibeiras vazias e nas lonas.
  Ah! Bravos portugueses! Onde estão
  As receitas de tantas descobertas?
  Povo, cheio de fome e de ambição,
  As vidas arriscou nas horas certas,
  Para ficar no fim sem um tostão.
  Gente boa, de portas sempre abertas,
  Mas, ser fraca nas contas, foi seu mal.
  Afinal, pra onde vais, meu Portugal?
  Certo dia, vieram os franceses
  Em busca das colónias que ficaram,
  Porque outras eram já dos holandeses.
  E foram os Filipes que os deixaram.
  Antigos aliados, os ingleses,
  Vieram cá também, mas ajudaram
  A troco de honraria e bons abrigos.
  Bem caro nos ficou ter tais amigos!
  O rei, filho da louca, debandou,
  Levando toda a corte, essa chulagem.
  Com a fuga, o Brasil feliz ficou
  E pôde se livrar da vassalagem.
  E guerra fratricida se instalou,
  Mostrando o mau instinto e ódio selvagem.
  Criaram parlamento e deputados,
  Gente inútil com ricos ordenados.
  E mataram o rei, em manhã triste.
  Pra mudar, não tinha outra solução?
  Mudaram só as moscas e persiste
  A trampa em que nadava esta nação.
  Aquele luso herói já não existe.
  Viver sem trabalhar é a ambição
  Do esperto, do bandido, do incapaz.
  Há tumultos nas ruas. Foi-se a paz.

 
 
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