19 de abril de 2010 -                                  Notícia de 
DESTAQUE                                  DA SEMANA                                   Na semana passada, o                                  presidente do Tribunal Superior Eleitoral                                  (TSE) Carlos Ayres Britto, recebeu das mãos                                  do comitê formado por representantes de partidos                                  e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) um                                  relatório de 105 páginas que aponta riscos de                                  fraude nas eleições de outubro.
Na semana passada, o                                  presidente do Tribunal Superior Eleitoral                                  (TSE) Carlos Ayres Britto, recebeu das mãos                                  do comitê formado por representantes de partidos                                  e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) um                                  relatório de 105 páginas que aponta riscos de                                  fraude nas eleições de outubro.
                                 O comitê acompanha o desenvolvimento dos                                  sistemas usados na urna eletrônica brasileira                                  desde 2004. O relatório também foi entregue à                                  Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos                                  Deputados (CCJ), responsável pela minirreforma                                  eleitoral aprovada em setembro de 2009.
                                 "O TSE afirma que seu sistema é transparente                                  e os partidos têm como auditar o resultado. Nós                                  estamos dizendo que isto é falso. A sociedade                                  brasileira não tem como controlar ou detectar                                  tentativas de fraudes informatizadas,                                  principalmente se a origem for interna", disse                                  ao site Valor, o engenheiro Amilcar Brunazo                                  Filho, um dos autores do relatório.
                                 Na avaliação do grupo, denominado Conselho                                  Multidisciplinar Independente (CMind), se algum                                  agente interno tentar fraudar as eleições                                  eletrônicas, a fiscalização externa exercida por                                  partidos políticos, a OAB e o Ministério Público                                  será incapaz de detectar a fraude.
                                 Segundo a matéria do Valor, isso ocorreria                                  porque a confiabilidade do sistema eleitoral                                  brasileiro dependeria de cerca de trinta                                  pessoas, responsáveis pelo controle do software                                  usado nas urnas. "A auditoria externa                                  permitida é totalmente dependente das pessoas                                  que desenvolveram e controlam o sistema e também                                  do próprio software das urnas eletrônicas", diz                                  Brunazo.
                                 MALWARES PODEM DESVIAR                                  VOTOS
                                 O Cmind alega ainda que fiscais externos não                                  terão como perceber se houver instalação de                                  "malwares" (programas maliciosos) no sistema                                  operacional das máquinas. Se instalado, um                                  malware poderia, por exemplo, desviar votos                                  brancos e nulos para um candidato. Ao final da                                  votação, o malware poderia apagar a si mesmo da                                  memória da urna, eliminando assim rastros que                                  permitiriam a detecção da fraude.
                                  Uma das maneiras de evitar problemas                                  seria a impressão dos votos colhidos pelas urnas                                  eletrônicas, o que permitiria a recontagem em                                  caso de dúvidas. Tal possibilidade foi                                  contemplada pela Lei 12.034/09, que deu prazo                                  até 2014 para o TSE adaptar as urnas para a                                  impressão dos votos.
                                 Mas o TSE enviou à CCJ um relatório em que                                  defende a manutenção do sistema atual. O CMind                                  diz que o tribunal distorceu o sentido de                                  trabalhos de especialistas que usou para                                  reforçar seus argumentos. Fonte: Jornal/Site                                  Valor